quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Proseando sobre... Muita Calma Nessa Hora

 
“Os maiores craques do humor nacional reunidos num filme imperdível”. Nesta frase escrita no cartaz do filme vale frisar os “maiores craques do humor”. Vários deles de fato estão lá. O humor adolescente, propriamente, se faz presente, contando com figuras como. Para exemplificar, Marcelo Adnet, Marcelo Tas, Lúcio Mauro Filho e Marcos Mion. A história pretende interagir com o público jovem, e assim abusa de estereótipos – nerds, hippies, micareteiros – e propaga ideais de beleza ao trazer atores, atrizes e modelos referências nesse requisito. O cenário é a praia de Búzios e o que chama a atenção nesse lugar é que ele parece pequeno demais. Todos se encontram com rapidez e facilidade impressionante. Ok, quem disse que uma série de coincidências não são possíveis? Isso é irrelevante para o filme, o que realmente interessa é alcançado: o bom humor, a graça, o saco de risadas.

O filme é dirigido por Felipe Joffily, diretor de “Ódiquê?”, e traz como argumento a viagem entre 3 amigas – Mari, Tita e Aninha – até Búzios, naquela que seria a lua de mel de Tita (Andréia Horta), mas, que na véspera de seu casamento, flagrou o noivo com outra. Elas seguem rumo ao litoral e no meio da viagem, uma série de eventos acontece, não com o intuito de interferir na história, mas provocar recreação. Paralelamente a essa viagem, uma outra história, a da hippie Estrella (Débora Lamm), se desenrola, com a mulher indo atrás do pai que não vê há anos. O destino dessas mulheres – óóóhh – se cruza e muita confusão irá acontecer. Corpos desfilarão bronzeados, centrando na imagem das amigas que ao chegarem à praia, se livram das roupas. A câmera, sempre em punho do diretor, não abusa de closes, mas salienta as curvas da modelo Gianne Albertoni, aqui vivendo a descolada Mari.

Embalado por uma série de músicas nacionais, o longa parece sempre querer dialogar com o espectador jovem e utiliza de todos os recursos para isso. Além dos corpos sarados, da praia e das músicas, há também os romances breves, as pegações em festas e as bebedeiras despreocupadas e descompromissadas. Parece uma versão de “Malhação” com bebidas alcoólicas. São várias as cenas que levantam singularidades de cada um dos personagens – o diretor ainda faz uma breve apresentação sobre cada uma das 3 amigas. Comparações entre mulheres, perspectiva estética acometem preocupações dessas jovens que querem se desligar da vida e se divertir.

Quanto a Aninha (Fernanda Souza), sofrendo com suas indecisões, transmite uma angústia cômica até quando tenta, sem sucesso, decidir com quem irá ficar. Já Estrella (Débora Lamm), talvez uma das personagens mais irritantes do cinema nacional recente, pouco acrescenta a história. Sua personagem, importantíssima dentro da narrativa, carece de profundidade. Sua passividade incomoda e as frases prontas, muitas vezes relacionadas a músicas, constituem uma filosofia barata a partir de versos feitos. Percorrendo o mundo jovem, os personagens de Joffily são rasos, mas divertidos. Conseguem tirar boas risadas do público – seria um fracasso caso esses “maiores craques do humor” não conseguissem isso. É pura descontração para quem busca risadas. 

4 comentários:

  1. Muito legal seu blog, eu amo cinema também. Também escrevi um post sobre esse filme no meu blog. Se puder, dá uma olhada.

    Cinema - http://memoriadasetimaarte.blogspot.com

    Filmes - http://acervodocinema.blogspot.com

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  2. muito interessante
    parabens pelo blog
    cinema e tudo de bom
    to seguindo ja
    abraçs.

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  3. Muito bom e interesante
    depois da uma paassada no meu e vota na gta do mês de janeiro: http://aufanaticos.blogspot.com/

    parceria?

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