Em 1975, o mundo conheceu algumas de suas garotas selvagens, sugestão de um dos sucessos, “Cherry Bomb”, tocada pela banda “The Runaways”, grupo formado apenas por mulheres. Eram tempos difíceis para o público feminino que pretendia ingressar na indústria musical tocando Rock n’ Roll. No entanto, com ousadia e energia, algumas garotas se juntaram e se solidificaram passando por todas as esperadas dificuldades. Quando uma loura, carregando frustrações familiares e da própria adolescência, surgiu assumindo o vocal, a banda então decolou e conquistou o mundo. Cheias de estilo e agressividade, as jovens estouraram em seu tempo, abriram portas para outras bandas e conviveram com o glamour da fama, como também com suas conseqüências. Este filme vem contar sua história. Ou não.
Dirigido e escrito pela italiana diretora de vídeo clipes Floria Sigismondi, o filme “The Runaways – Garotas do Rock” que pretendia levar a história da banda até a telona parece ter se identificado apenas com um de seus membros. Sua vocalista. O roteiro esboça um pouco de sua história, sua ligação com a irmã, seu desafeto com o pai ausente e alcoólatra e a mãe desinteressada. Munida dessas mágoas, a loura de 15 anos, Cherie Currie (vivida pela crescida Dakota Fanning), comete todas as extravagâncias de sua idade sem orientação. Uma adolescência corrompida se revela em cena, facilmente compreendida como clichês usuais, caso não se tratasse de uma cinebiografia.
Ao lado de Fanning, outra atual estrela assume a personalidade da guitarrista líder da banda. Kristen Stewart, que ganhou o estrelato graças à “Saga Crepúsculo”, vive aqui Joan Jett, com uma personalidade bastante diferente daquela vivida nos ditos filmes de vampiro. Em “The Runaways” ela está envolvida com sexo, drogas e romances. Stewart muda a pose estigmatizada de Bella (de “Crepúsculo) e vive uma bad girl reprimida. Já, sem tanta atenção, a musa da nova franquia “Halloween”, Scout Taylor-Compton, encarna a impulsiva Lita Ford e protagoniza discussões violentas com a vocalista. Histórias por fora da produção justificam a pouca atenção dada a sua personagem devido uma oferta negada por sua versão da história.
Todas as atrizes parecem se divertir em cena, convencem em seus papéis e são fortalecidas pelo figurino despojado. Ao lado delas, o famoso produtor Kim Fowley (Michael Shannon), responsável direto pela ascensão da banda, aparece como o grande personagem do filme. Icônico e egóico, adota um visual excêntrico. Seu interesse pela banda é o lucro, o vislumbrar da fama e o gozar da grana, e faz isso sem esconder. A mão que apóia é a mesma que abandona, e nesse interesse pessoal, utiliza do talento das moças e exprime o máximo de cada uma de maneira nada sutil até quando elas decidirem não o obedecerem. A diretora lança e dá importância ao personagem nunca procurando inocentá-lo, tampouco travesti-lo. Shannon se destaca ao torná-lo interessante e natural.
No longa ainda há um esboço de experiências com sexo e drogas. As personagens em fuga de frustrações se entregam as tendências do período, e flagramos, a partir das ações da personagem central, de apenas 15 anos, descobrindo o sexo às escondidas. Sua caracterização ousada nos shows e a atenção particular que vem recebendo a tornam uma precoce ídola teen. Vítima da fama? Há o que se discutir. E também as drogas, como o ecstasy, a cocaína e principalmente o álcool presentes em cena. As bebedeiras constantes comprometem sua performance, aproximando-a gradativamente do pai o qual recrimina. Sua adição a individualiza e condena seu futuro na música. Pena o filme ser tão contido, preocupado talvez com a censura, pouco explorando seus mais ásperos acontecimentos. Tudo acontece rápido e muito pouco chama a atenção. Serve para apresentar uma banda com alguma atitude, algo raro atualmente. Mas aquele contexto aqui parece um mar de rosas diante o original.
Twittadas
@alinelinao vale MTO a pena asisti.. tenhu ate uma tattoo em homenagem ao filme! HAHAHAHAHAH ASSISTI!
Oieee
ResponderExcluirlegal seu blog sobre fimes!
parabéns!
bjos
Adoro esse Tipo de Filmes , essas garotas mandam muito beim
ResponderExcluirdeve ser fraco esse...
ResponderExcluirAinda não vi o filme. Mas a banda é muito legal e fez parte da minha coleção de discos.
ResponderExcluirRoqueiro das antigas......eh
Abraço e estou seguindo o blog, se puder retribuir, agradeço.
Sucesso
www.tocadowilliam.com