segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Proseando sobre... Querido John


Basta um livro fazer sucesso e ganhar projeção mundial para ser cotado a se transformar num longa metragem e entrar em cartaz pelos cinemas com astros encarnando seus personagens. Há boas exceções que refutam essa lógica. Nicholas Sparks, que há pouco tempo lançou "Dear John", teve sua obra adaptada com atores Hollywoodianos em um filme dirigido pelo sueco Lasse Hallström (que recentemente filmou o ótimo "Sempre ao seu lado"). Hallström consegue transmitir com prudência a realidade da vida desligando-se de idealizações fantásticas em seus dramas. Assim, "Querido John", já disponível em DVD, rodou os cinemas trazendo um romance ambientado durante a guerra, o qual a paixão entre dois jovens transcendeu o amor.

A narrativa segue o rapaz boa praça John Tyree (Tatum), um soldado que se apaixona pela loira Savannah Curtis (Seyfried) durante suas férias e, por conta das constantes viagens militares, é obrigado a se afastar desse relacionamento considerado por alguns como um romance de verão. A única interação entre os dois são as cartas que custam a chegar, sem a moça saber exatamente em que região do mundo ele está e como está. O carisma do rapaz, que em alguns momentos insiste em esconder fatos de seu passado, atinge o altruísmo da moça capturada por sua graça e simplicidade, convencida de que o que chama de amor irá enfrentar qualquer obstáculo. Porém, Savannah vê a possibilidade desse romance se arruinar quando o desastre do World Trade Center prolonga o tempo de serviço de John.

Jamie Linden, roteirista de "Somos Marshall", assume a adaptação e concebe um filme com leveza contagiante e impressionantemente maduro quando retrata o desenvolvimento do relacionamento do casal, contando com cenas hilárias e momentos capazes de levar os mais emotivos às lágrimas. E mesmo que passe por clichês óbvios do gênero, e aconteça no litoral fortalecendo a estética com beijos calorosos, o filme agrada por sua sensatez e originalidade vital que o faz funcionar enquanto um autêntico romance. Há quem se frustre com o ritmo às vezes lento demais cadenciando um caso se desdobrando pouco a pouco. Há uma promessa de amor, a de ficarem juntos apesar de qualquer pesar e sobre isso, o filme irá testar o casal mostrando ao público o quanto esses jovens são capazes de suportar a ausência.

O que Savannah e John vivem é uma intensa paixão daquelas que sufocam, e como é bom acompanhá-la; no entanto, há naturais consequências – e a dupla sabe disso – e verdadeiros combates acontecem para manter esse caso vivo. Quem ousaria criticar qualquer um dos dois por suas atitudes? No elenco estão Richard Jenkins como o pai de John e Henry Thomas vivendo Tim Wheddon. Amanda Seyfried novamente é a estrela e oferece uma boa atuação para a confusa protagonista. Já Channing Tatum tenta chamar a atenção mais por poses do que por atuação, mas não compromete. O vínculo entre a dupla em cena é suficientemente convincente, mas dificilmente serão lembrados como um grande casal romântico do cinema. 

 

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Eu acheiiii lindoooo! Mas , tem melhores! hehe
 

Um comentário:

  1. mt bom o seu blog parabens mt bom mesmo

    http://planetahuumor.blogspot.com/

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