A Dreamworks se reabilitou esse ano. Depois de lançar o horroroso “Shrek – O Capítulo Final”, trouxe aos cinemas “Megamente”, uma animação pra lá de divertida! Não só divertida, ainda tem uma boa história pra contar e no meio de referências a tantos outros trabalhos, inevitavelmente a “Superman”, concebe um filme de anti herói – tal como o próprio Shrek – e transforma seu vilão no protagonista – próximo do recente “Meu malvado favorito”. Bem realizado e com ritmo sempre ascendente, os personagens são movidos pelo sucesso: Metro Man (dublado no original por Brad Pitt), é o ídolo da cidade de Metrocity, combatente das forças do mal e exemplo de homem e herói; o outro, Megamente (Will Ferrell), é o oposto, está sempre armando maneiras de fugir da prisão e tocar o terror na cidade. Convive com a ambição de um dia vencer Metro Man.
Numa das várias fugas da prisão, Megamente, sempre auxiliado pelo simpático Criado (David Cross), consegue derrotar Metro Man. Uma surpresa que atinge em cheio a cidade. Um feito inacreditável e colossal que permite o vilão tomar conta da população praticando todas suas terríveis maldades. No entanto, as coisas estranhamente começam a ficar chatas demais. Perdem a graça e o brilho. Falta alguém, falta uma oposição, falta Metro Man! Megamente se arruína frente ao próprio sucesso e se percebe infeliz numa monotonia da vida que jamais desejou. E o mal, o mal propagado, termina desmotivado e sua vida perde o sentido que era enfrentar o super homem de Metrocity.
A direção ficou por conta de Tom McGrath, diretor dos dois filmes da franquia “Madagascar”, e traz dessa vez humanos e extraterrestres como protagonistas. Os alienígenas no cinema estão em alta. De início, na apresentação de seus personagens, acompanhamos Megamente e Metro Man, ainda bebês, sendo enviados a terra. O primeiro, teve o destino mudado pelo segundo que caiu numa mansão e foi criado com todo o luxo e regalias; já Megamente, despencou dentro de um presídio e, sobre o cuidado dos presidiários, aprendeu cedo que ser policial é ser ruim e ser mal era o correto. O tempo passou, ambos cresceram, e iniciaram seus primeiros conflitos na escola. Megamente sempre foi deixado de lado por ser esteticamente diferente, principalmente por sua cor, azul. Foi sabotado pelo preconceito alheio. O contexto o qual viveu lhe transformou e lições morais agora já não importam, uma vez ter que carregar o sofrimento vivido pela desigualdade e ter sido excluído por isso.
“Megamente” fala de heroísmo, fala de preconceito e fala da perspectiva e possibilidade de mudança. E isso é reforçado quando se tem um objetivo e uma razão. Aqui, a razão é uma mulher, a corajosa repórter Roxanne Ritchi (Tina Fey). Um triângulo amoroso envolve a garota e os dois alienígenas, mas há ainda um terceiro rapaz, o câmera, um nerd esquisitão dublado por Jonah Hill. É o cara que mais tarde irá adquirir os super poderes de Metro Man e tornar-se num super vilão, o Titan, provocando uma inversão de princípios entre as personas da narrativa. O homem azul, de intelecto vigoroso, sucumbe à benevolência e se adequa a nova condição de enfrentar um novo mal. Movido pela índole de alguém que não teve escolhas na infância, Megamente sempre manteve os olhos abertos vislumbrando um ideal satisfatório a si. Sua maior disparidade em relação aos outros é sua inteligência, assim, o longa opõe a ciência contra a força, resultando numa movimentada, engraçadíssima e imperdível batalha.
Foi ótimo saber do filme, quero muito assistir. Você poderia escrever sobre As Crônicas de Nárnia 3?
ResponderExcluirhttp://fazendoasocial.blogspot.com/
Quero muito ver esse filme. E, realmente, Shrek ficou devendo muito.
ResponderExcluirPassa lá beforeallthestains.blogspot.com
Estou louca pra assistir esse filme.Amei o blog ♥
ResponderExcluirParabéns pelo o blog
ResponderExcluirvisita aê: http://aufanaticos.blogspot.com/
e vota na gata do mês de janeiro