terça-feira, 29 de março de 2011

Proseando sobre... Atividade Paranormal em Tóquio


 Falta inovações e novas situações. Todos já sabem o que estará prestes a acontecer. Já foram dois filmes tratando o assunto e esse traz como única novidade o contexto. “Atividade Paranormal em Tóquio” é o mais do mesmo que ainda funciona para quem teme espíritos, demônios e afins. Ele julga ser uma continuação, mas é uma adaptação japonesa daquele horror vivido pelo casal do primeiro filme. Agora são irmãos que enfrentarão as manifestações e passarão noites de verdadeiro terror quase de forma masoquista, pois, embora cogitem, em momento algum saem da casa enquanto ainda acreditavam que o problema residia ali e não na garota, essa que a pouco voltou dos Estados Unidos após um grave acidente. E esse acidente, naturalmente, é a desculpa para a concepção desse novo longa.

A fórmula é a mesma. Câmeras espalhadas pela casa filmarão eventos sobrenaturais, esses acontecidos geralmente de noite enquanto dormem. A jovem Noriko (Haruka Yamano) chegou de San Diego recentemente com as duas pernas fraturadas. Percebe algumas coisas diferentes, sobretudo sua cadeira de rodas se locomovendo sozinha. Conta para seu irmão Aoi (Koichi Yamano) e esse não demora a instalar câmeras no quarto da moça tentando fazer uma grande descoberta espiritual. Para iniciar, uma dose de superstição, um punhado de sal. Daí em diante, serão várias as tentativas de descobrir o que na realidade está acontecendo. Padres e sensitivos parecem pequenos frente a força que habita a casa desesperando vagarosamente seus moradores.  

A direção é de Toshikazu Nagae, um cara que pouco acrescenta à narrativa, esta que flui por si só. O diretor procura a todo instante recriar situações sem parecer superficial. Há alguns bons momentos como a idéia da garota estar impossibilitada de andar e as duas câmeras filmando dois quartos ao mesmo tempo. A câmera também é melhor que a do casal Micah e Katie. A resolução aqui é límpida. No entanto, já sabemos o que irá acontecer, resta apenas à expectativa do “quando”. O tal gênero documental que tanto fez sucesso nos últimos anos vem se desgastando e os produtores, mais uma vez, parecem estar distante de originalidade. Mas a concepção desse “Atividade Paranormal em Tóquio” é compreensiva, uma vez se passar num país que aprecia filmes de horror e é responsável por grandes projetos relacionados ao tema. A tensão e a angústia proporcionada não deverão ter os mesmos efeitos do primeiro filme devendo divertir apenas quem se permite impressionar. É isso que é preciso para a história funcionar. 


Um comentário:

  1. Acho o mais fraco da franquia. Poucos sustos e tensão lá embaixo.

    http://cinelupinha.blogspot.com.br/

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