quinta-feira, 31 de março de 2011

Proseando sobre... Animais Unidos Jamais Serão Vencidos

 

“Animais Unidos Jamais Serão Vencidos”. Com esse título, o que não falta é motivação. Essa animação conta sobre a união de animais sofrendo com o aquecimento global e a falta de água. E esses animais vem de continentes diferentes para se encontrar na savana africana. Uma ursa polar sai do pólo enquanto um galo francês foge de ser a refeição num navio. Também entram nessa um canguru e um diabo da tasmânia abandonando uma parte seca e devastada da Austrália, e um casal de tartarugas que viveram séculos e sabem melhor do que ninguém o quanto o mundo está mudando com a escassez dos bens naturais. O encontro acidental entre os animais acontece em Okavango. Lá, eles se juntam a um suricato atrapalhado e a um leão filósofo. Terá início uma jornada em busca de água ou, ao menos, em busca daquilo que privou-a.

 

Um requintado resort foi construído ali e a água foi completamente direcionada a ele. Os animais sedentos vão fazer justiça com as próprias patas enfrentando criaturas desconhecidas, os humanos, ameaçadores – e suas caracterizações justificam o adjetivo. Nesse percurso, várias confusões irão acontecer passando uma lição ambiental para as crianças. A caracterização de um herói impensável é tradicional nas telonas. O suricato pai de família e desengonçado assume esse posto, se aproximando muito da preguiça Sid de “A era do Gelo” enquanto o Leão pensador, cujo nome é Sócrates, profere sentenças filosóficas existenciais e se revela um adepto da necessidade de mudança, abandonando o hábito carnívoro para ser vegetariano.   

 

Dirigido pela dupla Reinhard Klooss e Holger Tappe, o filme é suficientemente carismático para compensar momentos do roteiro que perdem o viés e por vezes a graça. Os mais crescidos deverão notar que gargalhar é algo que dificilmente acontecerá durante a sessão. O mérito da concepção do longa, que tem um design de produção rigorosamente bem desenhado, é a lição de conscientização propagado. A ida do urso polar até a África e o meio com o qual os animais se juntam para chegar até o continente é digno de nonsense, mesmo para uma animação. Há também momentos emocionantes como o discurso das apaixonadas tartarugas e a história de um leão num desfiladeiro. Sim, você irá lembrar de “O Rei Leão”.

 

O mundo está precisando de nós. Nós não estamos correspondendo. Nós somos os vilões e somos constantemente retratados como tal. É o reflexo de nossa história, e temos visto o resultado atualmente com tsunamis, terremotos, enchentes. O aquecimento global influi tanto em nossa vida que se tornou alvo para temáticas de vários longas, sobretudo em animações, e a moral produzida é positiva, uma vez propor uma reflexão desde cedo para as crianças, conscientizando-as sobre os riscos do futuro caso mudanças não aconteçam desde já. E mais, sozinhos não poderemos mudar, mas juntos faríamos toda a diferença. E aí o povo unido poderia se espelhar nesses animais unidos que na história irão lutar lado a lado e fazerem sua parte.

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