quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Proseando sobre... As Viagens de Gulliver



Jack Black é inegavelmente um dos grandes nomes da comédia. O astro de “Escola do Rock” que a pouco protagonizou o terrível “Ano Um” ao lado do nerd Michael Cera, retorna as telonas para viver um personagem até conhecido, – baseado na obra de Jonathan Swift Gulliver, e faz um filme cuja sua interpretação e irreverência são as únicas boas coisas – seu constante esforço para nos tirar alguma risada é notável. “As Viagens de Gulliver” traz a aventura de um escritor sem muitas ambições na vida e covarde emocionalmente que fica incumbido de ir até as Bermudas fazer uma matéria. Tal viagem o direciona até a ilha de Liliput e seus simpáticos habitantes locais se apavoram com a presença deste que para eles é um gigante. Somos convidados a irmos a esse reino cheio de pequeninos com várias lições de moral para nos passar.

Black ao longo da história vive 3 contextos diferentes: sua desmotivada carreira sabotada por sua falta de gana e seu medo de se aproximar de sua paixão, Darcy (Amanda Peet), sentimento traduzido em seu nervosismo quando ao lado da garota; num segundo momento, ele é um gigante, uma ameaça local que mais tarde se torna herói – e isso não é um spoiler – passando a ser um conselheiro amoroso e um exemplo de virilidade e coragem; por último, talvez o mais divertido, não vale a pena contar. São extremos que simbolizam personalidades, tudo isso para nos dizer que devemos ser quem nós somos e lutar sempre pelo que desejamos. História repetida, ecoada em nossas cabeças graças a centenas de outros filmes. Aqui as boas sacadas e inovação se reduzem as menções sobre tecnologia e referências a outros filmes – as cenas do teatro e da construção da Times Square juntamente aos sucessos do rock com Kiss e Guns n’ Roses são impagáveis.

Essa é a máxima diversão encontrada. O elenco ainda conta com Jason Segel vivendo um dos pequeninos, T.J. Miller (ator cada vez mais engajado em comédias) com pouco tempo em cena e a inglesa Emily Blunt interpretando novamente uma princesa – sua caracterização remete a seu papel na cine biografia “A Jovem Rainha Vitória”. O roteiro da dupla Joe Stillman (“Shrek” e “Shrek 2”) e Nicholas Stoller (“Sim Senhor!”) parece ter sido escrito em 10 minutos com idéias jogadas sem propósito e fora de lugar. Muito pouco faz sentido e os 85 minutos colaboram para a história ser atropelada. Os efeitos também são fracos e numa versão 2D é perceptível toda a enganação e jogo de câmera. O diretor Rob Letterman (“Monstros vs. Alienígenas”) tem em mãos um fiasco narrativo que só irá agradar os fãs de seu protagonista e de suas tradicionais piadas. Ao menos é bom de se ouvir – Jack Black leva consigo um iPod com ótimas canções. Algumas inspirações de “Tenacious D” também ficam de certa forma declarada. Nos resta a lição: “não existe cargos pequenos e sim pessoas pequenas”. Aproveite a frase e sua moral, e aproveitará ao menos um pouco do longa. 
 

Um comentário:

  1. cara esse filme é bom eu entendi seu lado da história mas poderia ter uma nota melhor pois é o jack e ele merece respeito pow
    :D

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