quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Proseando sobre... Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo



Jake Gyllenhaal é o herói
Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo”, disponível em DVD, é mais um filme existente graças aos games. Sua adaptação mobilizou fãs do jogo que aguardavam um filme imponente tal quanto representa seu herói, o irreverente e corajoso Dastan. O resultado foi um fulgor visual, tecnicamente suntuoso graças à direção artística rebuscada e os efeitos especiais atulhados. São várias as cenas que dão impressão de estarmos diante um jogo, e essa é uma das claras intenções do diretor Mike Newell (do ótimo Donnie Brasco): levar o espectador a esse mundo moldado apresentando a Pérsia, seus exércitos e um personagem central acrobata propenso a causar desordens e roubar corações. A desculpa para a concepção do longa metragem de 116 minutos foi ressaltar a invasão de um exército numa cidade sagrada acusada de guardar armas. Sem encontrar nada lá, Dastan, responsável pelo feito, guarda uma adaga sem saber que esta detém o segredo da verdadeira riqueza desse reino, a possibilidade de voltar o tempo. Jake Gyllenhaal, pousando de galã, vive o protagonista com uma índole pouco convincente assumindo um papel que não cabe a ele. Outrora um morador das ruas, Dastan impressionou o rei Sharaman por sua petulância quando ainda era criança fazendo com que o monarca o adotasse. No presente, foi acusado pela morte do rei e obrigado a fugir de seuspróprios irmãos querendo vingança.
Gemma Arterton vive princesa


Ao seu lado, a bela princesa Tamina, não se entende com o Persa e aparece como uma outra adversária para o rapaz entregue as graças da morena. Vivida por Gemma Arterton, a atriz não só rouba o coração do príncipe da Pérsia como também neste ano mexeu com Perseu em “Fúria de Titãs”. Ainda no elenco, Ben Kingsley, pouco a vontade no papel de irmão e conselheiro do rei e Alfred Molina como um Sheik. Com muita ação – artifício responsável para que os espectadores continuem assistindo-o – o filme trava boas batalhas épicas e procura a todo tempo tirar algumas risadas com algumas sacadas nem sempre muitos inspiradas. A tentativa de fazer uma adaptação coerente a um game novamente decepciona com uma história fraca e de recreação questionável, mas serve para alavancar uma nova franquia e colocar grana no bolso de alguns produtores. Gyllenhaal deverá ter um contrato prolongado. 



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