sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Proseando sobre... Predadores



O Predador está de volta
"Predadores" lembra e homenageia "O Predador", de 1987, que deu origem a sequências e que tornou-se imortal. Nesse lançamento, que promete alavancar uma nova franquia, a história abandona o planeta Terra em direção a outro, parecidíssimo com as condições terrestres e climáticas, que possibilitam seres humanos sobreviverem.

Neste estranho mundo, o qual o Sol não se move, há criaturas desconhecidas, entre elas, os predadores. O porquê de alguns seres humanos terem sido escolhidos e jogados lá é desconhecido. A razão pela qual foram parar lá logo é revelada: são a presa de algum predador. Nimród Antal, de "Temos Vagas", assume a cadeira de diretor nessa nova empreitada produzida por Robert Rodriguez, ressuscitando a essência desse ícone do cinema, que nos últimos anos Hollywood fez questão de difamar. Buscando cenários que referenciam o clássico filme, que trazia Arnold Schwarzenegger como protagonista, "Predadores" se ambienta numa grande e escura floresta, ameaçadora com plantas venenosas e animais monstruosos.

Pouco a pouco, os vários personagens se encontram imediatamente após serem abandonados suspensos no ar com um pára quedas. Encabeçado pelo anti herói Royce, vivido por Adrien Brody com uma cara de poucos amigos, o grande grupo tem que passar por cima de suas divergências culturais para sobreviver naquele novo terreno. Estrelado também pela brasileira Alice Braga, atriz em franca expansão no cinema, o filme ganha um atrativo especial com a presença dela, e não é por aspectos físicos. Braga dá o tom ideal à personagem Isabelle, que foge de convencionalismos dramáticos, sendo a única mulher em toda a narrativa.

Contracenando ao lado de caras como Topher Grace, Laurence Fishburne e Danny Trejo (o eterno "Machete"), sem falar do próprio Adrien Brody, não seria exagero dizer que a atriz rouba a cena. Nesse planeta que tem a luxúria de ter como vista outros planetas bastante próximos, habita um dos monstros alienígenas mais marcantes do cinema. Seus truques, armas e habilidades permanecem originais. Assim, surgem os Predadores, uns com máscaras e outros sem, dignificando o papel apavorante que lhe é tão particular.

Sobra ação em meio a uma história ofuscada por um roteiro bagunçado e por uma direção frágil. Os personagens, apesar de bem interpretados, não possuem solidez e fluência, tornando-se por vezes caricatos. E isso pode até ser compreendido como proposta intencional por parte de seus realizadores, que resgatam a lógica dos filmes do gênero lá dos anos 70 e 80. Enquanto diversão e demanda de combate, "Predadores" agrada, e para os fãs do monstrengo extraterrestre, será ótimo poder enfim revê-lo em cena.


Nenhum comentário:

Postar um comentário