quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Proseando sobre... Os Mercenários



Stallone retorna reforçado. E bem reforçado. Não no sentido de um filme contando com uma história genial que poderia representar um retorno triunfal de astros absolutos de filmes de ação dos anos 80 e 90, mas de um filme de ação crua, movimentada, poderosa e pouco cerebral.
Também pudera, ser inteligente não é o objetivo de um filme que funciona como uma homenagem a um gênero tão gasto, juntando resquícios de heróis musculosos e grosseiros, hoje, envelhecidos tal como seus fãs, e que buscam algum espaço em Hollywood. Stallone reúne vários atores – alguns esquecidos – e forma o explosivo “Os Mercenários”. Não tem o resultado que alguns esperariam de uma reunião dessas, mas serve muito bem como um exemplo referencial imponente aqueles longas metragens esteróides e subversivamente absurdos.
Gisele Itié em cena ao lado de Stallone
Dirigido pelo próprio Sylvester Stallone e escrito em parceria com Dave Callaham (Os Cavaleiros do Apocalipse), a história traz um grupo de mercenários contratados para derrubar um ditador de um pequeno país sul-americano. Aí, o grupo formado por caras como Jason Statham, Jet Li, Terry Crews, Dolph Lundgren e Mickey Rourke bolam planos para faturar milhões arriscando suas vidas. Num cenário de mentiras e conflitos políticos, relação pouco explorada pelo roteiro, vários corpos irão sucumbir e uma verdadeira guerra irá emergir causando um furor no espectador empático a história que não se esquece de exaltar o papel do macho defendendo a mocinha; e constantes frases de efeito vinculadas diretamente a esse gênero que carece destas. Caricatural por si só, as situações por mais comuns divertem.
 
Mickey Rourke é o dono do maior talento do longa
 As cenas lideradas por Statham empolgam e as em que Rourke aparece são de longe as melhores. Com tomadas polêmicas no Brasil, a musa da história é a atriz Gisele Itié, mexicana de nascimento. Quem também aparece numa ponta importante são outros dois astros oitentistas, Bruce Willis e Arnold Schwarzenegger. Bom para homens e só para eles, “Os Mercenários” revigora um estilo único, predisposto unicamente à diversão. Não há mais o que se esperar além de tiros, socos e bombas sem economias. Vem mais destruição por aí...

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