terça-feira, 21 de setembro de 2010

Proseando sobre... Pagando Bem, Que Mal Tem?



Rogen e Elizabeth Banks: filme pornô para sanar as dívidas
Seth Rogen é um grande comediante. Sabe escolher bons projetos e pode se gabar pela seriedade a qual são concluídos. Esses, felizmente, costumam ser beneficiados por um humor refinado. Não seria exagero ouvir alguns especularem sobre a história sem antes ter a conferido, tudo porque a sinopse de "Pagando Bem, Que Mal Tem?" entrega que os protagonistas irão realizar um filme pornô. Isso já é o bastante para causar algum alvoroço no público. O problema que se têm é o tal pré-julgamento da obra confundida com besteiróis enlatados. A coisa aqui tem mais sentido que indecência e vale pelo ótimo desempenho de Rogen diferindo-se de um infame Adam Sandler ou um caricato Jim Carrey. É com diligência que essa nova fera do humor proporciona seus trabalhos, mesmo que estes sejam limitados exclusivamente a comédias. 

Justin Long (à dir.) é um dos atuais grandes nomes da comédia
Por mais estranho que seja, ou pareça, esse novo trabalho do diretor/roteirista Kevin Smith condiz mais a uma comédia romântica do que qualquer outro gênero semelhante tamanha a sua sutileza em apresentar, com bons diálogos nada açucarados, seus protagonistas. Seth Rogen e Elizabeth Banks dividem o cartaz, são respectivamente Zack e Miri, dois velhos amigos que se encontram numa crise financeira e, para sanar essas dívidas decidem filmar um pornozão. A ideia não é tão absurda assim, os dois são ligeiramente motivados pelo ator de filmes pornôs gays Brandon St. Randy, vivido por Justin Long, um cara que vem aparecendo muito em boas comédias nos últimos anos. 

A discussão do filme ultrapassa a ideia da sacanagem, filtrando crises com necessidades concentrando-se sua narração a um casal num período turbulento em suas vidas. A indústria pornô, cada vez maior, movimenta muito dinheiro e Kevin Smith aproveita-se dessa idéia para brincar em seu filme. Zack e Miri buscam atores para ingressarem nas filmagens caseiras. Nem é preciso dizer que irão aparecer os mais inusitados candidatos. Em suma, o que realmente importa é a evolução da história que se alimenta de vários personagens bem caracterizados onde, no final das contas, acabam ofuscados pela química do casal central. Detentor de cenas não tão inpiradas, mas nada comprometedoras. A originalidade prevalece nessa divertidíssima história de amor fortalecido pelo empolgado ritmo que se mantém durante toda a projeção. Não há qualquer mal, vale pagar pra ver!


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