domingo, 1 de maio de 2011

Entrevista: Carolina Munhóz



Carolina Munhóz tem 22 anos, é uma escritora brasileira que mergulhou no mundo da fantasia e concebeu ainda na adolescência a obra de ficção juvenil “A Fada”. A autora marcou presença na Revista Época, Folha de SP (Folhateen), Estadão, Disney Channel, TV Cultura, rádio CBN, rádio Globo, rádio Record de Londres entre outros e estará em Poços de Caldas durante a VI Feira Nacional do Livro lançando sua obra, participando da mesa literária e batendo um papo sobre o universo mágico de seu trabalho.

CineemProsa: De onde saiu tanta inspiração para escrever o livro aos 16 anos?
CM: Desde os 11 anos eu gostava de ler. Tudo começou com uma aposta de uma amiga, ela duvidou que eu lesse “Harry Potter e a Pedra Filosofal” em 1 semana e como aceitei, no final daquela semana tinha lido os 4 primeiros livros (os que tinham na época). Desde então fui escrevendo fanfics (que são estórias inspiradas em livros, no caso HP). Aos 16 anos passei por um depressão e no meio daquele mar de sentimentos visualizei ao adormecer uma fada e comecei a criar a história. No dia seguinte estava na frente do computador, 6 meses depois o livro estava pronto. E no total de correções e etc demorou 9 meses o processo. Como eu estava no colegial na época, tinha um bom tempo para escrever.

CineemProsa:Por que fadas?
CM: Na verdade, na época eu não sabia porque. Eu possuía uma tatuagem de fadas, mas nunca fui muito ligada a esses seres. Como o livro veio em um sonho, parece que elas que me escolheram. (risos) Hoje vejo o tema fadas como uma grande vantagem para mim. Nessa onda de livros de fantasia ainda não saiu uma fada como protagonista e quero ser uma pioneira. Tanto “A Fada”, como meu próximo livro é dedicado a elas.

CineemProsa: Onde residem suas maiores influências?
CM: Minhas grandes inspirações sempre foram a JK Rowling e o escritor Paulo Coelho. Atualmente, no ramo de fantasia, sou muito inspirada pelos escritores Eduardo Spohr e Raphael Draccon (começamos a namorar graças a essa influência e mundo). Dois pioneiros que estão mudando a literatura nacional.

CineemProsa: Na construção de seus personagens, sobretudo da protagonista, quais foram as maiores dificuldades?
CM: Graças a Deus para mim é muito fácil a parte de construção de personagens. Nunca tive muita dificuldade nisso. Até tive que escrever um livro paradidático sobre um menino de rua e mesmo assim o personagem veio com facilidade. Eu tenho a mania de usar pessoas do meu dia a dia como inspiração e a própria Mel (personagem principal de “A Fada”) tem muito do meu EU aos 16 anos.

CineemProsa: A história de “A Fada” se ambienta em Londres. Por que não no Brasil?
CM: Realmente o livro se passa em Londres. Eu tenho uma profunda admiração pela Inglaterra. Sou apaixonada por lá. Já pude visitar duas vezes e não me canso. (risos) Londres sempre foi uma cidade mágica para mim, desde o contato com Harry Potter, até as histórias de Rei Arthur, Peter Pan e etc. Tudo envolve a Inglaterra. Eu pretendo um dia escrever algo que se passe no Brasil, mas isso tem que ser feito com muito cuidado. Até em meu livro paradidático ambiento a história no Brasil, mas fantasia é um ramo mais complicado. Como tenho a intenção de exportar esse livro e os próximos tento ver com uma visão mais universal. Mas com certeza um dia escrevo um livro de fantasia aqui

CineemProsa: Em seu ponto de vista, o que “A Fada” traz de novo?
CM: Mostra um personagem, no caso uma Fada, que não é muito explorada e que é mais conhecido como um personagem secundário. Um diferencial é que sou uma brasileira escrevendo fantasia e romance, em um país que é acostumado com esse tipo de leitura, mas que infelizmente não acha com muita facilidade autoras do gênero.

CineemProsa: E pode-se esperar novidades de Carolina Munhóz em breve?
CM: Com certeza! Fechei contrato com uma grande editora (que ainda não estou divulgando) para o relançamento de “A Fada”. Agora espero levar esse livro para um público maior e estou terminando o próximo livro de fantasia que provavelmente sai ainda este ano pela mesma editora que assinei. Com certeza a Bienal do Livro do RJ, este ano, vai trazer muitas novidades para minha carreira.

CineemProsa: Acredita que esse universo de fantasia tão presente nos dias atuais pode ser uma vertente promissora na literatura nacional?
CM: Com certeza. A literatura de fantasia nacional está crescendo muito. Hoje vejo dois amigos (Eduardo Spohr e André Vianco) na lista dos mais vendidos da Veja. Isso mostra que existe MUITO potencial no Brasil. Aos poucos os veículos de comunicação estão descobrindo isso. O fato deu já ter saído na Época e na Folha é um exemplo. Antigamente fantasia nacional não tinha esse tipo de espaço. Tem ainda que crescer muito, mas estamos conseguindo tomar esse espaço.

CineemProsa: O que acha de o universo de “A Fada”, um dia, sair dos livros e ir parar nas telonas?
CM: Eu adoraria! Enquanto escrevia o livro, o imaginava como filme. Sempre quis atuar em um longa e me imaginava fazendo o papel da Mel. (risos) Tenho vontade de um dia poder ver um filme inspirado em um livro meu.

Carolina estará na VI Feira Nacional do Livro de Poços de Caldas na segunda-feira, dia 02 de Maio, às 20:00 hrs para uma discussão sobre "Literatura sobre Vampiros mas desta vez com um pouco de Anjos e Fadas" juntamente a André Vianco, Chico Lopes e Karlo Campos. E também na terça-feira, dia 03, às 15:30 hrs batendo papo sobre Harry Potter, Crepúsculo e outras ficções...

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