Tom Cruise não está esquecido. Cameron Diaz também não. Também não vivem seus melhores tempos em Hollywood, mas ainda mantém fãs com seus carismas, e conseguem lotar salas de cinema graças a suas histórias dentro da sétima arte. Ganharam o status de atores populares. Uma vez envolvidos juntos numa produção de alto orçamento, o retorno aos cofres dos produtores é praticamente garantido. Desta forma, um cartaz que traz a dupla sobre uma moto numa aparente cena de ação é atrativa tanto para homens quanto para mulheres. O trailer surge ainda como reforçador. Se há o galã em poses másculas e tiradas com uma personagem feminina de índole sensível, há também muita adrenalina garantindo, ao menos, atenção com seu agitado e propagado entretenimento.
Há uma moda nova permeando alguns projetos Hollywoodianos: colocar casais em aventura juntos. Neste “Encontro Explosivo” a dupla vive algo semelhante a “Sr. e Sra Smith” sem a persona de Jolie. Se aproxima bastante da comédia recente “Par Perfeito” que traz Katherine Heigl como estrela sem inspiração. Arriscaria dizer que desde “Assassinos por Natureza” o cinema não encontrou um casal tão interessante como foi Mickey e Mallory Knox. Um casal capaz de carregar um filme juntos sem perder a altivez. Ok, não dá pra esperar tanto e expectativa nesse ponto é desnecessária. Quanto a esse projeto, a mocinha vivida por Diaz faz o tipo bobinha e não manja nada de armas. Ela exerce uma função bastante importante na trama sem desconfiar: é ela quem viabiliza a entrada do personagem de Cruise em um vôo de onde o desenrolar da história irá iniciar.
Tiros, saltos, viagens, lutas, situações extremas, perigo, romance e piadas. É tudo isso que “Encontro Explosivo”, filme do diretor James Mangold (“Identidade”), proporciona. Ele capricha nas cenas exigentes de movimentos rápidos e tem auxílio de efeitos especiais que não são tão impressionantes. A grande leva de filmes do gênero atuais recheados de tecnologia de ponta sofrem com a falta de novidade. A história também não é lá das mais entusiasmantes – pelo menos é divertida. Se o filme finda compromisso com diversão enquanto entretenimento puro – puríssimo em sua limitação – ele vence, principalmente pelas sacadas do personagem Roy Miller (Cruise) com gags e humor negro bem realizado. Já June Havens (Diaz) assume a pose de boa garota sonhadora e que, para surpreender, diante sua postura estigmatizada, é perita em mecânica. O universo o qual o espectador se insere é um lugar já bastante visitado e explorado tornando o filme numa experiência comum, não tratando de imitação de outros longas, – é bom frisar – mas é homogêneo a tantos outros.
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