segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Proseando sobre... Encontro Explosivo


 Tom Cruise não está esquecido. Cameron Diaz também não. Também não vivem seus melhores tempos em Hollywood, mas ainda mantém fãs com seus carismas, e conseguem lotar salas de cinema graças a suas histórias dentro da sétima arte. Ganharam o status de atores populares. Uma vez envolvidos juntos numa produção de alto orçamento, o retorno aos cofres dos produtores é praticamente garantido. Desta forma, um cartaz que traz a dupla sobre uma moto numa aparente cena de ação é atrativa tanto para homens quanto para mulheres. O trailer surge ainda como reforçador. Se há o galã em poses másculas e tiradas com uma personagem feminina de índole sensível, há também muita adrenalina garantindo, ao menos, atenção com seu agitado e propagado entretenimento. 

Há uma moda nova permeando alguns projetos Hollywoodianos: colocar casais em aventura juntos. Neste “Encontro Explosivo” a dupla vive algo semelhante a “Sr. e Sra Smith” sem a persona de Jolie. Se aproxima bastante da comédia recente “Par Perfeito” que traz Katherine Heigl como estrela sem inspiração. Arriscaria dizer que desde “Assassinos por Natureza” o cinema não encontrou um casal tão interessante como foi Mickey e Mallory Knox. Um casal capaz de carregar um filme juntos sem perder a altivez. Ok, não dá pra esperar tanto e expectativa nesse ponto é desnecessária. Quanto a esse projeto, a mocinha vivida por Diaz faz o tipo bobinha e não manja nada de armas. Ela exerce uma função bastante importante na trama sem desconfiar: é ela quem viabiliza a entrada do personagem de Cruise em um vôo de onde o desenrolar da história irá iniciar. 

Tiros, saltos, viagens, lutas, situações extremas, perigo, romance e piadas. É tudo isso que “Encontro Explosivo”, filme do diretor James Mangold (“Identidade”), proporciona. Ele capricha nas cenas exigentes de movimentos rápidos e tem auxílio de efeitos especiais que não são tão impressionantes. A grande leva de filmes do gênero atuais recheados de tecnologia de ponta sofrem com a falta de novidade. A história também não é lá das mais entusiasmantes – pelo menos é divertida. Se o filme finda compromisso com diversão enquanto entretenimento puro – puríssimo em sua limitação – ele vence, principalmente pelas sacadas do personagem Roy Miller (Cruise) com gags e humor negro bem realizado. Já June Havens (Diaz) assume a pose de boa garota sonhadora e que, para surpreender, diante sua postura estigmatizada, é perita em mecânica. O universo o qual o espectador se insere é um lugar já bastante visitado e explorado tornando o filme numa experiência comum, não tratando de imitação de outros longas, – é bom frisar – mas é homogêneo a tantos outros.     


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