segunda-feira, 25 de abril de 2011

Proseando sobre... Hop – Rebeldes Sem Páscoa


A Páscoa chegou e com ela um filme. Vamos lá, alguém se lembra de um filme cuja temática seja a Páscoa? Difícil né? Então, esse “Hop – Rebeldes Sem Páscoa” vem fazer parte da história e se tornar um longa de referência desta data e proporcionar diversão para toda família. Consegue. Tim Hill é o diretor, o mesmo cara que trouxe às telonas “Alvin e os Esquilos” e o pavoroso “Garfield 2”. Habituado em comédias desse gênero, o cineasta abandonou o gato e os esquilos e explorou tudo sobre o coelho e sua imensa e saborosa fábrica de chocolate. 

Júnior é filho do coelho da Páscoa e precisa assumir o cargo do pai mesmo contra a vontade. Seu verdadeiro sonho é se tornar um famoso baterista. Esse é o entrave que tem acontecido na ilha de páscoa. Já nos Estados Unidos, outro pai e filho duelam. O jovem Fred O'Hare (James Marsden, cara que viveu o Ciclope de “X-Men”) não quer saber de trabalho e vê deboches diários sobre sua condição. Os dois em uma noite após um acidente se cruzam. Júnior foi até Hollywood em busca de um sonho e nesse lugar encontrará um saudoso aprendizado.

É essa a história que o roteiro da dupla Ken Daurio e Cinco Paul (ambos escreveram “Um jantar para Idiotas”) dedicou a Páscoa. Frágil e batida, é verdade, mas que possui a leveza e a graça necessária para dar certo com um público bem específico, o infantil. A lição proposta é propagada e busca na sua simplicidade explorar algumas angústias de seus personagens como a questão de um dia crescer e lidar com novas responsabilidades. A discussão jamais se acentua perdendo espaço para as várias cenas de humor envolvendo o jovem coelho – a cena a qual imita um brinquedo para enganar Sam O'Hare (Kaley Cuoco) é impagável. Há ainda um trio de coelhas ninjas inspiradas nos boinas verdes, as boinas rosas, elas são três e surgem como referência a vários outros filmes, para exemplificar: “Alvin e os Esquilos” e “As Panteras”.

Divertido como objetivado, “Hop – Rebeldes Sem Páscoa”, apesar de possuir um roteiro completamente perdido, consegue transmitir a magia da Páscoa com certa elegância e despertar nosso desejo pelos vários doces, principalmente quando concentrado na fábrica de ovos, e denota com destreza o quanto coelhos e pintinhos trabalham para levar a todos cestas de páscoa recheadas com chocolates. Tim Hill dá o tom humorado necessário a narrativa através da concepção de seus personagens fantásticos – estes estão aqui em primeiro plano – e dá carisma e beleza suficientes para alguns rapidamente se identificarem com os pequenos e desejar aperta-los e sentirem sua fofura. Nesse quesito, “Hop” se sai impressionantemente bem. 


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