domingo, 6 de novembro de 2011

Proseando sobre... Sauna on Moon



 Selecionado para o Festival de Cannes esse ano, “Sauna on Moon” não retrata a beleza da cultura oriental. Artifícios recorrentes como a direção artística normalmente irrepreensível destacando as cores e a arquitetura é ignorada, nem tem a elegância pungente da arte chinesa, país a qual a história é ambientada. O que veremos é a província de Guangdong, a cidade de Macau, cercada por favelas, em meio a degradações e ruínas. Ali, uma casa de prostituição funciona coordenada por Wu, homem de negócios, otimista quanto ao futuro daquele local e de suas garotas. O filme acompanha sua investida esperançosa apoiado por clientes poderosos e mulheres sem nada a perder.

O diretor e roteirista Zou Peng coloca neste seu segundo trabalho – o primeiro fora “Dongbei, dongbei” – o sonho de seus personagens em atingirem status sociais desejáveis através do entretenimento local, no caso, um prostíbulo pequeno. O lugar é limpo e organizado, atendendo importantes figuras que usam codinomes. A China com seu potencial econômico funciona como antagonista a história narrada, sugestionando os entraves sociais e a mistificação valorativa de seus cidadãos.

Wu não está sozinho em seu desejo, o que exalta laços amplos diante aos constantes fracassos, embora estes estejam escondidos atrás de alguém em defesa do sonho, otimizado e esperançoso. O roteiro alinha a realidade com exatidão. Não estamos frente a um filme que aspira finais revolucionários, felizes. Aquele papo de que ao final tudo vai dar certo não cabe aqui e isso não é um spoiler, sua narrativa compreende essa conclusão desde o início, o diferencial se dá no como lidar com isso. Aí o filme ganha discussões interessantes a partir da perspectiva de seus personagens, quem continua tentando ou quem cai fora.

Vislumbrando seus personagens, principalmente as mulheres, numa clara característica da filmografia oriental no uso de planos detalhe, “Sauna on Moon” é um filme passivo, com uma história lenta e que diz muito pouco, trazendo sonhos e incertezas futuros, busca por felicidade e dinheiro, e também de fama. Um trabalho repetitivo e fustrado, e não importa quais sejam as novidades para se faezr algo diferente – no caso, estoque de produtos do Sex Shop. É um filme para se ver, pensar qualquer coisa sobre o tema repetitivo e aguardar por uma nova sessão.   


2 comentários:

  1. Esse filme é brasileiro? O projeto de cinema da petrobrás realmente aborda filmes fantásticos.
    Sauna on Moon, gostei da definição "nada de final feliz" ...
    Mas estou mais interessado mesmo é no filme da postagem abaixo, hehe...

    Parabéns pelo Blog.

    ResponderExcluir
  2. Não conheço esse filme mas achei mto legal a dica. Gosto de filmes orientais pela filosofia que pregam.

    abraços

    ResponderExcluir