terça-feira, 11 de setembro de 2012

Proseando sobre... Rock of Ages



É dia de Rock no Cinema. E que outro gênero mais emplacou canções no mundo cinematográfico? É sempre um deleite conferir o bom e velho Rock n’ Roll, seu estilo, atitude e ode a liberdade. “Rock of Ages” vem trazer um pouco desse universo com canções e expressões. Os rockeiros, naturalmente, aguardavam com certa ânsia este musical que provavelmente traria referências a alguns de seus mais célebres deuses. Vibração e energia contagiante não faltam a produção, no entanto este é um atributo pequenino referente a ideologia do gênero e o que este pode verdadeiramente oferecer. Muito, sem qualquer dúvida! Neste trabalho dirigido por Adam Shankman falta um ingrediente fundamental, mais do que necessário: o Rock!

O filme vem prestar homenagem ao rock, mas é frustrante, inconcebível, já que assisti-lo é como ouvir uma banda de rock sem a guitarra. Falta um brio que o torne marcante, sua agitação e alusões são leves como plumas. Falta a veemência nas ações e ardor nas interpretações. “Rock of Ages” traz muito mais questões de um seriado como “Glee” e sua meiguice do que da expressão que deseja transpor em tela. Esta obra é inspirada num musical da Broadway de grande repercussão que dotava de canções dos anos 80. Responsável por este musical acontecido em 2005, Chris D'Arienzo foi escalado para escrever o roteiro deste filme dirigido por Shankman, o cara que dirigiu o musical de relativo sucesso “ Hairspray - Em Busca da Fama”.

Sherrie (Julianne Hough) é uma jovem que sai de uma pequena cidade em busca da fama em Los Angeles. Igualmente a milhões de pessoas, ela almeja sucesso e se depara com sérias dificuldades. Sua história é igual à de qualquer outro sonhador na cidade, com o mesmo passado e abandonos, questões previstas por Dennis Dupree (Alec Baldwin), proprietário da casa de shows The Bourbon Room. No mesmo caminho está Drew (Diego Boneta) que sonha ser uma estrela do rock igualmente seu ídolo, Stacee Jaxx (Tom Cruise, ótimo encarnando uma versão de Axl Rose). Encontros, desencontros, vitórias, derrotas, bebedeiras, músicas e sexo. Faltou as drogas, se bem que o álcool praticamente dá conta de tudo. Conflitos se sucedem e inspiram acontecimentos que poderiam, sem qualquer dúvida, elevar a essência do filme, como a frustração pelo insucesso que leva a rasa personagem da bela Julianne Hough a ir trabalhar numa boate. Um caminho semelhante de degradação acomete a interessante Patricia Whitmore (Catherine Zeta-Jones) que quer derrubar o rock juntamente a uma tropa de religiosas podadas e intelectualmente limitadas que creditam o estilo musical a obra do demônio. Ahhh se fosse, grandes espetáculos aconteceriam no inferno. 

Com minúcias e privações narrativas, ao que parece, o filme visa abarcar um público jovem acostumados a protestar no twitter. Quanto as músicas e a história, pouquíssimo nos é oferecido.  Seguiremos também as pretensões financeiras do vilão, o empresário com poucos escrúpulos Paul Gill (Paul Giamatti, sempre ótimo em cena). Fica no ar uma sutil crítica as indústrias fonográficas que escolhem o que temos de ouvir, nos alimentando com bobagens comerciais nos lembrando que o que é bom é o que está tocando na rádio, por mais cretina e estúpida que a música seja. A maioria é. Sucesso nunca foi sinônimo de qualidade. Nem toda composição é feita por e com paixão. É bom ouvir algumas canções cantaroladas pelos atores que se divertem como podem. O Rock, afinal, é imortal. Este não escolhe classe ou credo. Isso pede um brinde diante tanta mediocridade.  


3 comentários:

  1. Infelizmente perdi no cinema, mas como mante nato de um bom rock, tenho bastante curiosidade em ver.

    http://avozdocinefilo.blogspot.com.br/

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  2. Só faltou comentar da paixão louca pela fotógrafa, que é uma ótima atriz. Concordo com toda a crítica, faltou rock em rock of ages.

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  3. Teu cu !! Resident evil e top fi ! se interna !!

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