John Chu, diretor de “Se ela
dança eu danço 2 e 3” e de “Justin Bieber: Never Say Never” – ?????? – pegou as
rédeas da franquia “G.I. Joe” que começou com o fracassado “A
Origem de Cobra” em 2009. Agora temos uma segunda parte renovada, intitulada
“Retaliação”, que muda totalmente seus protagonistas, mantendo unicamente Channing
Tatum, Byung-hun Lee e Ray Park. Grandes nomes como Dwayne Johnson e Bruce Willis
chegam para reforçar com seus prestígios. Já a história não é lá um reforçador.
O foco é a destruição megalomaníaca e as pirotecnias, coisas costumeiras. Entra
também a comédia pastelão, um tempero como alívio a abundância de violência.
Nada de extraordinário ou de ordinário. Mera diversão. Mero mero.
As organizações Cobra continuam
querendo destruir o mundo com armas de imenso poder de dizimação. Dessa vez ela
se alia ao governo dos Estados Unidos de modo cruel. Como estratégia para o
sucesso, a organização destrói os G.I. Joe numa emboscada, e faz parecer que os
caras na verdade eram traidores da pátria. Sem oponentes, dominam a Casa
Branca. No entanto alguns sobrevivem a armadilha e não ficam apenas para contar
a história, mas para desmascarar os envolvidos no plano e restabelecer o poder
do país para finalmente salvar o mundo. Paralelamente rolam mais duas tramas: a
amizade entre Duke (Tatum) e Roadblock
(Johnson) destruída; e o embate particular entre os ninjas Storm Shadow
e Snake Eyes. As razões para esse conflito? Não será nessa parte que saberemos.
“Retaliação” deveria ter saído em
2012, mas decidiram converte-lo em 3D e atrasou o lançamento. Algumas cenas
extras com os personagens de Tatum e Johnson foram acrescentadas nesse tempo, já
que imaginaram após sessões fechadas que talvez essa amizade fosse uma das
únicas coisas relativamente interessantes do longa. O fato é que o insucesso da
primeira empreitada não pode ser repetido, renderia o enterro da franquia. Então
tentam de tudo, mesmo que precisem seguir a fórmula usual e já insuportável.
Também restam absurdos exibicionistas: o arsenal engenhoso surpreendente, a
prisão subterrânea com os presos e a escapada de um dos ninjas que consegue
fazer parar os próprios batimentos cardíacos. Feito desmedidamente para
demonstrar o poderio da produção, o melhor acaba ficando por conta do clichê habitual,
porém nunca desinteressante: a garota vestida com um vestido vermelho apertado que
arrebata os homens por perto. E o
público também.
Bruce Willis surge num papel
cômico e solta algumas frases para o deleite de seus fãs. A ação acontece o
tempo inteiro, a narrativa é enérgico. Tem seu grande momento quando os ninjas
se enfrentam, culminando numa fuga por montanhas, algo verdadeiramente atraente.
Os bonecos da Hasbro, ou melhor, os comandos em ação como são conhecidos pelos
brasileiros, tiveram com essa sequência maior dignidade comparado ao fiasco
horrendo que fora o primeiro filme. Ainda assim terminou medíocre como outras adaptações
parecidas – por exemplo, “Battleship” – vem terminando.
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