segunda-feira, 20 de junho de 2011

Comentando sobre... Por um Sentido na Vida


A transitoriedade em pauta num drama sobre a existência humana e as infelicidades que rodeiam a vida, concentrando numa funcionária de uma loja de conveniência cada vez mais frustrada com sua condição social e afetiva, sobretudo pela impossibilidade de ter um filho. Dirigido pelo porto-riquenho Miguel Arteta, este drama indie com pitada de romance – e digo pitada porque o foco não é um desenvolvimento afetivo, mas uma dependência – é um trunfo na carreira de Jennifer Aniston, atriz costumeiramente envolvida com comédias românticas. Aqui houve possibilidades de demonstrar talento ao encarnar uma personagem difícil e tensa. Juntamente a ela, seu marido vivido pelo bonachão John C. Reilly, igualmente frustrado socialmente, dá dignidade a um pintor interessado em viver uma vida de regalias e fumar maconha junto a um amigo no sofá da sala sem se preocupar com a demanda urgencial de sua esposa: aumentar a família. O filme é um interessante reflexo de relações que caem na passividade e monotonia – também reflete vidas engessadas mergulhando em melancolia. Notem a loja a qual boa parte do filme contextualiza sempre fria, distante e repetitiva; e os olhares provindos de seus funcionários estáticos. No elenco também estão Zooey Deschanel e Jake Gyllenhaal. Este segundo representando a fuga da personagem de Aniston, e vale até uma metáfora justificada com a obra “O Apanhador no Campo de Centeio”. Ambos procuram algo novo a qualquer custo para encontrarem algum bom sentido em suas inanimadas vidas.


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