segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Proseando sobre... Os Smurfs


Se adaptar a história dos carismáticos Smurfs para a telona foi uma proposta de revitalizar na memória os desenhos baseados na obra de Peyo, então o filme fracassou.  “Os Smurfs”, na verdade, parece buscar uma nova abordagem. Foca nas crianças que não se lembram e tampouco sabem quem na verdade são esses seres azuis. Os adultos que se recordam com satisfação da animação televisiva ou até dos quadrinhos, deverão se frustrar diante a expectativa, porém, se aguardarem apenas uma aventura despretensiosa, então poderão aproveitar melhor a história desenvolvida. Ela é frágil e boba, mas os Smurfs digitalizados compensam e transformam o longa num filme smurfilegal.

Legal, só. As risadas acontecem, embora sejam previsíveis e por vezes forçadas. Simplesmente acontecem. É difícil não se interessar nem que seja um pouco por estes pequenos que saem de seu reino encantado na floresta e vão parar em New York acidentalmente. Atrás deles, o vilão Gargamel (vivido por Hank Azaria) e seu fiel gato também adentram em solo americano. Uma caçada se inicia com os Smurfs se escondendo na casa de um publicitário, Johan (Neil Patrick Harris), que está prestes a receber uma promoção no trabalho. Junto a esposa grávida Grace (Jayma Mays), irá cuidar dos pequenos, o que traz, de imediato, uma representação fraternal, sobretudo na de funções maternas e paternas. Isso faz com que nos interessemos, um pouco, pela narrativa.

Papai Smurf, Desastrado, Smurfete, Gênio, Ranzinza e Corajoso são os seis Smurfs que adentram o universo humano se perdendo pelas ruas movimentadas e iluminadas de Nova York. Cheio de lições cujo significado é estipulado através da personalidade dos personagens – isso explica suas nomeações – e também sobre quem na verdade somos ou quem podemos ser, o filme discorre sobre um roteiro leviano a importância da união de grupo e de se manter próximo um do outro enquanto família. A direção ficou a cargo de Raja Gosnell, o cara responsável pela adaptação de “Scooby-Doo” e, demonstrando a mesma fraqueza da obra do cachorro, revela uma profunda incapacidade de contar uma boa história, se prendendo, quase que exclusivamente, aos maneirismos e a possibilidade de fazer alguma graça com o que tem em mãos, embora não precise de tanto esforço aqui. A presença dos Smurfs é quase auto-suficiente.

Com performances sem destaques, a não ser por Hank Azaria que assume o antagonismo com ímpeto, o longa deverá ganhar a afeição das crianças – no que diz respeito ao humor – e despertará uma sensação nostálgica dos mais crescidos – estes provavelmente adorariam ter um Smurf em casa. Sobram investidas hilárias combinadas com moralidade e alguma ação, no entanto, termina pequeno e passageiro, mantendo a expectativa que sua continuação supra as adversidades encontradas nessa primeira empreitada. Ao menos a musiquinha irritante cantarolada pelos Smurfs não fica martelando em nossa cabeça ao final da sessão. Ufa.  


2 comentários:

  1. Realmente os comentários que vi é de que agrada as crianças, só.

    Hehehehe

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  2. o filme do Smusfs 2 é muito bom amei!!!!!

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