Novos rumos e os mesmos
equívocos. O cinema tem com Atividade
Paranormal: Marcados Pelo Mal um retrocesso que já é costumeiro em
franquias caça níqueis. Essa é uma sequência irrelevante diante o que já foi
produzido, embora os roteiristas busquem alguma inovação que faça o público
comprar a idéia. O foco de outrora era assustar. Segue sendo, mas sem sucesso.
Não há muito o que mostrar em seus quase 90 minutos. Situações adversas, gente
nova no pedaço, trama envolvendo os longas anteriores e câmeras, câmeras que parecem
extensões do corpo humano. Essas jamais são desligadas, não importa a situação.
O terror quase converte-se em humor. Nos habituamos e com isso condenamos a
franquia.
Os roteiristas decidiram trazer
personagens latinos. Um jovem mora sobre o apartamento de uma mulher chamada de
bruxa por vizinhos e moradores do bairro. Ele sempre a teve por perto, sem
qualquer contato, debochando de sua aparência e atitude. Após seu aniversário
de 18 anos, finalmente aproximou-se dela após eventos catastróficos e percebeu
sua vida virar um inferno imediatamente após vivenciar o prazer de possuir
super poderes. A ótica do longa explana horizontes e se perde no poente sol que
enterra o terror. As bruxas estão a solta montando um exército, temos cada vez
mais clareza das intenções por trás das escolhas dos roteiristas.
A inovação proposta parte da
dúvida sobre os eventos, do ceticismo daqueles que ouvem falar ou assistem
vídeos no youtube quando Jesse (Andrew Jacobs) posta um vídeo mostrando as
habilidades que estranhamente desenvolveu. Isso instiga a dúvida, especialmente
dos supersticiosos que acreditam nos eventos ocorridos, as tais atividades paranormais.
Ao menos esses se divertirão um pouco mais com o filme. O diretor Christopher
B. Landon aposta nisso, prepara o terreno de um nicho já conquistado ao longo
dos anos para surpreender pela inventividade. Infelizmente a leva de longas
similares impedem que a proposta funcione conforme desejado.
Semelhante aos outros, exceto por
duas ou três decisões diferenciadas – como a tentativa de promover humor – a
franquia segue inalterada e fadada ao fracasso. Vale pelos fãs revisitarem a
mesma sensação em terreno distinto. Quem não gostou continuará não gostando. E
o cinema se petrifica com mais um caça recompensa em nome de um filme que hoje
não conta com números a cada sequência, mas com subtítulos. Perspectiva
publicitária, uma fraude.
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