sábado, 13 de agosto de 2011

Comentando sobre... O Cheiro do Papaia Verde


No que se dispõe a graça de um acompanhamento intimista, este filme vietnamita explora, além de uma cultura diferenciada, uma década cuja situação econômica preocupava. Os anos 50 estão em cena, tempos antes da guerra do Vietnã. No filme, longe desse futuro conhecido, busca retratar a condição da mulher naquele meio social trazendo a pequena Mui (Man San Lu) entrando na adolescência, saindo de sua aldeia a caminho da cidade de Saigon a fim de trabalhar como doméstica para uma família comerciante. As relações entre esses membros são, por vezes, distantes de nossa compreensão por não sabermos a finalidade exata de suas intenções, como o pai que repentinamente abandona a casa com o dinheiro e retorna após algum tempo longe. A relação entre as crianças, que também atinge a jovem Mui, são saudosas pela inocência e pelas características dessa fase. Somando a densidade do tema com uma fotografia rica que prioriza o ambiente em contraste aos sentimentos dos personagens, esse “O Cheiro do Papaya Verde” registra um período de transição da vida de uma jovem e de uma família frente a dificuldades financeiras. Nesse âmbito, encontram-se paixões, experiências reais de vida, compreensões e lembranças, algumas geradas pela saudade de um tempo, de um som, de um cheiro, de um sabor. 


3 comentários:

  1. Sou louco para ver este filme, mas nunca o encontrei para comprar. Como conseguiu? Asssiti outro do mesmo cineasta chamado "As Luzes de um Verão" e gostei muito. Queria ver este também.

    http://acervodocinema.blogspot.com
    http://memoriadasetimaarte.blogspot.com

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  2. Aqui tem uma locadora que dispõe do título. É bem complicadinho encontra-lo mesmo. Abs

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  3. Marcelo, seu blog é um primor, em todos os sentidos. Principalmente, no argumentativo.

    Esse filme é uma boa dica, não conhecia, gostei da premissa, procurarei!

    Um abraço.

    Te aviso aqui, desde já, que te adicionei aos meus blogs amigos. Vou seguir no twitter e já o sigo aqui no blog. Espero que aprecie meu espaço, que leia, que conheça, assim podemos compartilhar uma amizade cinéfila pelas blogsferas. Abração!

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