quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Proseando sobre... RED 2 - Aposentados e Ainda Mais Perigosos



Sucesso de público e relativo prestígio de crítica fizeram com que “RED – Aposentados e Perigosos” garantisse uma continuação com o mesmo bom e estelar elenco. Acrescentaram “ainda mais perigosos” no título nacional e pronto, nova aventura a vista, dessa vez com os problemas indo procurar os ex agentes ainda em plena atividade. É um legítimo caça níquel, conforme dizem alguns críticos. O protagonismo ronda Bruce Willis e John Malkovich, este segundo segue espetacular. Já a história é agitada e temperada com frases de efeito, tiradas cômicas e gags funcionais, especialmente com Marvin (Malkovich) e Sarah, esposa de Frank (Willis), vivida pela competente Mary-Louise Parker.

Com a vida tranqüila de um aposentado, Frank segue distante do que fora em seu perigoso ofício, pretendendo dar a esposa toda segurança que outrora lhe impedia. Ele mostra-se dedicado e preocupado com a relação conjugal, temendo que qualquer evento diferente possa fazê-la desandar. Desculpinha inicial, tentativa de fazer o herói ponderar fatos, revela-lo preocupado. Não demora para ele embarcar na onda e esquecer que hesitou. E ele vai ao lado de Marvin, Sarah e Victoria (Helen Mirren). A direção ficou por conta de Dean Parisot (As Loucuras de Dick e Jane) que se encarregou de fazer uma mescla de filme de ação com comédia, sendo feliz em alguns momentos em ambas as investidas.

Nada chama mais atenção do filme senão o elenco primoroso disposto no cartaz igualmente ao filme anterior, mas nesse contamos com o acréscimo de Anthony Hopkins, Catherine Zeta-Jones e o sul coreano bom de briga Byung-hun Lee, o Storm Shadow de “G.I. Joe”. Quem arriscaria ir conferi-lo pela temática? Alguns curiosos, certamente, mas não há motivação maior que Willis e Malkovich brincando com personagens que referenciam suas idades. Sessão de recreação. Outro atrativo diz respeito ao vários locais em que a equipe passa com destaque para Paris e Moscou. Várias cidades do mundo são palco para a ação dos aposentados, constantemente ameaçados por um esquema catastrófico nuclear, cujas proporções varreriam cidades do mapa.

O desenrolar de toda história, notoriamente esquemática e carente de solidez, fica por conta dos personagens que se viram sem grande profundidade – até por se tratar de uma sequência – viabilizando interação com o público, alvo para seus objetivos. Entendemos o que rola, nada nos obriga a refletir, o roteiro ainda prepara uma reviravolta como se essa fosse uma virtude.  De qualidade questionável, o longa parece entender que não passa de uma continuação com potencial de render alguma bonificação financeira aos produtores, tal como ocorreu surpreendentemente no original. Vale como diversão descompromissada, simplória, porém honesta, não querendo dobrar a mente do espectador com pretensões megalomaníacas.   


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