Sucesso de público e relativo
prestígio de crítica fizeram com que “RED – Aposentados e Perigosos” garantisse
uma continuação com o mesmo bom e estelar elenco. Acrescentaram “ainda mais
perigosos” no título nacional e pronto, nova aventura a vista, dessa vez com os
problemas indo procurar os ex agentes ainda em plena atividade. É um legítimo
caça níquel, conforme dizem alguns críticos. O protagonismo ronda Bruce Willis
e John Malkovich, este segundo segue espetacular. Já a história é agitada e temperada
com frases de efeito, tiradas cômicas e gags funcionais, especialmente com
Marvin (Malkovich) e Sarah, esposa de Frank (Willis), vivida pela competente Mary-Louise
Parker.
Com a vida tranqüila de um
aposentado, Frank segue distante do que fora em seu perigoso ofício,
pretendendo dar a esposa toda segurança que outrora lhe impedia. Ele mostra-se
dedicado e preocupado com a relação conjugal, temendo que qualquer evento diferente
possa fazê-la desandar. Desculpinha inicial, tentativa de fazer o herói ponderar
fatos, revela-lo preocupado. Não demora para ele embarcar na onda e esquecer
que hesitou. E ele vai ao lado de Marvin, Sarah e Victoria (Helen Mirren). A direção
ficou por conta de Dean Parisot (As Loucuras de Dick e Jane) que se encarregou
de fazer uma mescla de filme de ação com comédia, sendo feliz em alguns momentos
em ambas as investidas.
Nada chama mais atenção do filme
senão o elenco primoroso disposto no cartaz igualmente ao filme anterior, mas
nesse contamos com o acréscimo de Anthony Hopkins, Catherine Zeta-Jones e o sul
coreano bom de briga Byung-hun Lee, o Storm Shadow de “G.I. Joe”. Quem
arriscaria ir conferi-lo pela temática? Alguns curiosos, certamente, mas não há
motivação maior que Willis e Malkovich brincando com personagens que
referenciam suas idades. Sessão de recreação. Outro atrativo diz respeito ao
vários locais em que a equipe passa com destaque para Paris e Moscou. Várias cidades
do mundo são palco para a ação dos aposentados, constantemente ameaçados por um
esquema catastrófico nuclear, cujas proporções varreriam cidades do mapa.
O desenrolar de toda história, notoriamente
esquemática e carente de solidez, fica por conta dos personagens que se viram
sem grande profundidade – até por se tratar de uma sequência – viabilizando
interação com o público, alvo para seus objetivos. Entendemos o que rola, nada
nos obriga a refletir, o roteiro ainda prepara uma reviravolta como se essa
fosse uma virtude. De qualidade
questionável, o longa parece entender que não passa de uma continuação com potencial
de render alguma bonificação financeira aos produtores, tal como ocorreu surpreendentemente
no original. Vale como diversão descompromissada, simplória, porém honesta, não
querendo dobrar a mente do espectador com pretensões megalomaníacas.
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