11- (Revisão) Má Educação (Mala Educación, La, 2004)
Ver e rever os filmes do Almodóvar é sempre satisfatório.
Sua carreira é ilustre, cheia de grandes obras e narrativas instigantes, cômicas
e sensuais – caso de “Carnê Trêmula”, “Ata-me”e “Volver”. O cineasta sempre se
concentrou em personagens femininas. Este é uma de suas poucas exceções. Em “Má
educação”, o diretor toca na homossexualidade como anteriormente fez – “A lei
do desejo”, para dar um exemplo – e acrescenta sem economias a religião,
polemizando com o atributo que vem derrubando a igreja católica nos últimos
anos: o sexo com menores dentro da igreja. Tudo é muito fluente e
elaboradamente rico, desde a parte técnica até o arco dramático inteligente que
une histórias dentro das histórias de maneira orgânica. É para se misturar,
pois fazem parte de um mesmo contexto. Também não deixa de ser uma auto biografia,
contando um pouco sobre um personagem que sofreu abusos quando criança. Outra
característica é sua fundamentação enquanto um Noir, com todas as populares características
de trabalhos da década de 40 e 50. Ainda tem Gael Garcia Bernal se divertindo
num papel dúbio.
Direção: Pedro Almodóvar
Elenco: Gael García Bernal, Fele Martínez, Daniel Giménez Cacho, Lluís Homar, Javier Cámara e Leonor Watling
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